Barriga do Mundo
No dia 11 de maio último foi a data de
comemoração dedicada às mães. Que bom rendermos homenagens dedicando um dia
àquelas cujo sentido da vida é exatamente dedicar todos os dias de sua
existência aos seus filhos. Maternidade é um dos poucos conceitos absolutos.
Vai além de laços sanguíneos, genéticos, vai além do sexo, da religião, da
geografia. A mãe é aquela que nos pare, a mãe é aquela que nos cria, a mãe é
fundamentalmente aquela que nos ama. A mãe pode ser a Natureza, a mãe pode ser
a Terra, nosso planeta.
O amor é o sentimento que origina e talvez seja
a mãe da Maternidade. E por ele que acompanhamos pacientemente cada etapa, cada
ciclo da gestação. Vemos crescer vagarosamente a vida dentro da vida até que
atinja seu momento de plenitude. Tudo ao seu tempo, na hora certa, mesmo que
para nós seja prematura. Todos os seres viventes tem esse ciclo. Mulheres,
animais e plantas.
Acompanhamos isso muito de perto quando
praticamos uma agricultura onde não se forjam ferramentas para apressar o
crescimento ou para o amadurecimento também mais rapidamente se dar. Podemos na
agricultura orgânica ter uma relação de maternidade com os alimentos que
produzimos. Não podemos estimular demais, precisamos ter um cuidado diário para
ver se aparece alguma pintinha, alguma amarelidão, enfim, algum sintoma de
perda de saúde tal como a algum filho. Após o atingimento da maturidade temos
aquele grande momento de alegria, de orgulho. É muito gratificante assistir a
plenitude das nossas crias! Compartilhar isso acaba sendo um sentido em si
mesmo, algo que só o sentimento maternal consegue explicar.